Para muitas pessoas, usar um perfume é como vestir uma roupa. É o caso de Norma Jean Baker, a eterna Marilyn Monroe que, quando perguntada sobre o que vestia para dormir, respondeu: "algumas gotas de Chanel nº 5", como se estivesse falando de seu melhor pijama. Essa simples frase transformou o Chanel number-five em um dos perfumes mais utilizados por quem quisesse se sentir elegante, sofisticado, vestido (no sentido de ganhar conteúdo, claro).
Mas o que poucas pessoas sabem sobre o Chanel é que uma de suas matérias-primas vem de um lugar bastante conhecido no mundo inteiro: a Amazônia! Pois é, da casca do pau-rosa, uma árvore típica da Amazônia, é extraído um óleo rico em linalol que, além de analgésico, também tem como principal propriedade fixar fragrâncias e é utilizado em vários dos perfumes mais cobiçados no mundo inteiro. No caso do Chanel, o linalol é apenas um entre as quase 80 substâncias que compõem o produto, sendo, porém, um dos mais importantes.
Marilyn respondeu a esta repórter em 1950, mas o Chanel nº 5 foi lançado em 1921. Por aí podemos ter uma idéia do tempo que o pau-rosa é explorado - 29 anos - e hoje já está chegando nos 100! Não sei pra vocês, mas pra mim parece tempo suficiente pra que esta árvore esteja seriamente comprometida em sua existência (para extrair o linalol é preciso que a árvore inteira venha abaixo). O Amazonas já chegou a ser o 3º maior exportador de pau-rosa, mas hoje a produção está em "apenas" 100 toneladas por ano - bem pouquinho, né?
Em 1992, o pau-rosa passou a fazer parte da lista das espécimes em extinção. A partir do ano de 2000, quase 80 anos depois do lançamento do Chanel nº 5, o IBAMA resolveu permitir apenas a exploração se houver a reposição da espécie. Também em 2000, o estudo de um pesquisador da Universidade Estadual de Campinas, o químico Lauro Barata, descobriu que era possível extrair o linalol dos galhos e das folhas do pau-rosa, sem que fosse preciso sequer cortar o tronco da árvore!
Outro estudo, de duas pesquisadoras da Faculdade de Ciências Agrárias do Pará, mostrou que é possível criar árvores mais baixas e com a copa mais ampla, fazendo com que a planta cresça mais rápido e produza mais folhas que podem ser extraídas e utilizada sem tanto trabalho. Estes incansáveis pesquisadores conseguiram, portanto, livrar o pau-rosa da extinção - e o Chanel nº 5 também! Agora é torcer para que uma visão mais ampla de sustentabilidade seja adquirida pelos fabricantes de perfumes. O Chanel nº 5 não é da Pharmakos, mas nada impede que no futuro seja lançado um produto
tão bom quanto - afinal de contas, ele também é um produto genuinamente Amazônico
Ai Shu, Aracê tambem é cultura. Adorei o texto ó, e as informações uq e tu deu maninha que tudo!!! Mas umapro povo se conscientizar né??? Nada de derrubar o tal *pau rosa*......rs
ResponderExcluirBjcas mana e parabens!!!
Mana, nosso objetivo é deixar nossos leitores o mais atualizados possível! rs. Isso: nada de derrubar árvore nenhuma (a não ser que se plante outra na mesma hora, né?). Bjoooooooo :-)
ExcluirValeu minha amiga por sua interessante postagem a respeito do Chanel que confesso que desconhecia sua origem a respeito, valeu por isso aqui descrito em sua edição bem elaborada conforme título de Post: "O CHANEL É UM PRODUTO GENUINAMENTE AMAZÔNICO"
ResponderExcluirValeu pela sua presença neste humilde blog, queridão! ;-) Poisé, eu consegui provar que o Chanel é produto da Amazônia, né? ;-) Abraço, Charles!
Excluirpoxa, realmente interessante...eu não sabia...compartilhando com twitter e facebook, abçs
ResponderExcluirAna, que bom que você gostou! ;-) Obrigada pelos compartilhamentos, viu? Bjão!
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